sexta-feira, 4 de novembro de 2011

MESTRE DE BAILE/DANÇARINOS

DANÇAS DE SALÃO
A Dança de Salão, um exemplo de Dança Popular e também conhecida como Dança ocial ou de Sociedade, é a dança praticada nos bailes e reuniões sociais que tem o objectivo de socializar e divertir. Quanto à sua nomenclatura, o termo de salão é devido à necessidade de salas grandes, os salões, para que se possam realizar as evoluções das danças. As primeiras Danças de Salão surgiram na Europa durante o Renascimento, nesta época a dança apresentava também um significado filosófico, pois muitas pessoas acreditavam que a harmonia de movimentos de dança refletia a harmonia na natureza e no universo. Foi ainda neste período que ela se definiu em duas linhas, as Danças Teatrais e as Danças Sociais. As primeiras são as danças de apresentação, de espectáculo e/ou de entretenimento, compreendendo actualmente, entre outras, o ballet, a dança contemporânea, as folclóricas e o sapateado. Já as Danças Sociais ou Populares são aquelas em que os praticantes dançam para seu próprio prazer, são as danças dos bailes, festas e reuniões sociais. No século XV, as danças realizadas pelas classes baixas nas suas festas e comemorações chegaram aos salões da nobreza por meio dos dançarinos e/ou mestres-de-baile. Estes eram contratados pelos nobres para que lhes ensinassem as Danças Sociais que, ao chegarem aos salões da corte, ganharam refinamento e status, tanto que além de serem executadas nos grandes bailes, passaram a fazer parte da educação da nobreza.
Inicialmente, as Danças de Salão não eram realizadas a dois, como conhecemos hoje, mas sim em grupos formando filas de pares de dançarinos. A pavana, a gavota e o minueto são exemplos dessas primeiras Danças Sociais, sendo este último o de maior sucesso, tanto na França, o seu país de origem, como em outros países da Europa e América. O estilo responsável por colocar damas e cavalheiros a dançar juntos, é a valsa, proveniente da Áustria e Alemanha que chegou a Paris no final do século XVIII e que seria a “febre” dos salões no século seguinte. Outro ritmo de sucesso no século XIX é a polca que surgiu na Boémia em 1830 como dança rústica transformou-se em Dança de Salão sete anos depois quando chegou a Praga. O apogeu da valsa e da polca, o surgimento de novas danças e a popularização das mesmas durante o século XIX fizeram dessa época um importante período de desenvolvimento para as Danças Sociais. Uma nova era para a Dança de Salão iniciou-se juntamente com o século XX. Os ritmos locais do continente americano influenciaram a forma de dançar e o surgimento de novas danças. O jazz norte-americano adaptou-se ao cakewalk – uma forma afro-americana de música e dança – e os movimentos de giros da valsa e da polca foram trocados por movimentos de deslocamentos para frente e para trás, característicos actualmente de danças como o bolero e o chachachá.
Em meados dos anos 20, foram criadas as primeiras competições de Dança de Salão e, por essa razão, houve a necessidade de padronizar passos, figuras e critérios de avaliação, o que foi feito pelos ingleses, que percorreram vários países e codificaram a forma de dançar e a melhor maneira de ensinar cada ritmo. A partir daí, surge o Ballroom Dancing ou Dança Desportiva, uma forma competitiva da Dança de Salão que actualmente está muito em voga na Europa e Estados Unidos e prestes a tornar-se uma modalidade olímpica. Entre os anos 1930 e 1950, danças latinas como o mambo e a rumba, originárias da habanera cubana, popularizaram-se no mundo inteiro. É também nesse período, mais precisamente na década de 1940 que, o tango argentino se definiu como dança de salão. Nos anos 50 explodiu nos Estados Unidos o rock-and-roll, uma dança diferente das que eram praticadas até o momento, pois apesar de ainda ser dançada a dois, os pares não dançavam abraçados, mas sim separados, de uma forma mais solta. O surgimento dessa nova forma de se dançar é mostrado no filme “No Balanço das Horas” (Rock Around the Clock). A dança do rock conquistou os jovens das décadas de 50 e 60 e actualmente é conhecida como Dança de Salão pelos nomes de swing e/ou twist.
Com o aparecimento das discotecas na década de 70, as Danças de Salão dispensaram a padronização de passos para facilitar a interacção com o parceiro. Neste período, assim como nas duas décadas anteriores, alguns estilos perderam popularidade, o que gerou à Dança de Salão um certo declínio, que só não foi maior porque filmes da época, como ‘Saturday Night Fever’ estimulavam os jovens do mundo todo a continuar a dançar a dois nas pistas das discotecas.










































A riqueza da dança a dois está na sua diversidade. Conhecida como uma modalidade de dança que engloba vários ritmos, a Dança de Salão é uma actividade sem preconceitos, praticada por pessoas de ambos os sexos, de todas as idades, cor, raça e níveis sociais. Além de estar em constante desenvolvimento, pois a todo o momento surgem novos ritmos, passos e formas de se dançar, ela tem também o papel de representar a cultura de um país, por preservar suas características culturais populares, como ocorre com o tango da Argentina, o samba do Brasil e a salsa de Cuba. A Dança de Salão tem e sempre teve seus altos e baixos. Ela já sofreu proibições, preconceitos, já foi rotulada de “brega” ou “demodê”, no entanto soube romper com maestria as portas do século XXI, e não é exagero dizer que está a crescer a cada dia.

Devido à riqueza de ritmos, as danças de salão podem ser classificadas como latinas ou clássicas.


São danças de salão latinas:

Samba – Revela a sensualidade natural do povo brasileiro. O samba de salão alterna movimentos rápidos e ágeis com pausas em momentos estratégicos da música. A sensualidade do samba está na agilidade aliada à ginga.

Rumba – Movimentação de anca é uma marca. O apelo é muito mais para o sensual do que para o romântico. Aproximação e afastamento de desejo, como se houvesse um diálogo “agora quero-te, não sei se te quero mais”.

Jive – Nome oficial do rock and roll na dança desportiva, o jive tem clima de grande brincadeira.
Uma dança vigorosa que exige velocidade e agilidade nos seus vários giros e pulos. É um divertimento!

Cha-cha-chá – Há uma atmosfera de conquista, porém mais alegre, perde um pouco da sensualidade para ganhar na alegria. Os movimentos em geral são rápidos e precisos, sem perder o balanço latino, que é essencial.

Paso doble – A força da cultura espanhola, a virilidade do toureiro e o atrevimento da espanhola. No paso doble, a dama representa a capa do toureiro e muitos dos movimentos traduzem etapas da tourada. Há um clima de desafio entre os parceiros, ao mesmo tempo que se conquistam.



São danças de salão clássicas:

Tango – Uma dança muito forte e emocionante. É um exercício de precisão e equilíbrio, revelando uma imagem de muita sensualidade e beleza.
Os passos são firmes. As pernas devem estar sempre preparadas para os cortes e entrelaces. Poses!

Valsa Vienense – Esta dança  é conhecida pelos seus movimentos de rotação e elegância, que parecem simples, mas exigem grande controlo e equilíbrio do par.

Valsa Inglesa – É uma dança sentimental e romântica, caracterizada por movimentos suaves e circulares. A suavidade, fluidez e giros são característicos nesta dança. Esta valsa é uma variação mais lenta da valsa vienense.

Slowfox – É chamada de “Rolls Royce” dos estilos de dança pela sua suavidade. Os passos são na maioria de deslocamento para frente e para trás e com giros, que devem manter equilíbrio e coordenação. É considerada unanimemente pelos professores de danças de salão uma das danças mais difíceis.

Quickstep – Versão mais rápida do Slowfox, mais do que suavidade, é um género que transmite alegria – uma alegria romântica.
dancasdesalao

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