quinta-feira, 24 de novembro de 2011

quadrilha

Quadrilha (dança)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quadrilha
Quadrilha é uma contradança de origem inglesa. No Brasil, é dançada em compasso de 6 / 8, na qual quatro pares se situam frente a frente. Teve o seu apogeu no séc. XVIII, em França, onde recebeu o nome de "Neitherse". Tornou-se muito popular nos salões aristocráticos e burguês do século. XIX em todo o mundo ocidental.[1]
No Brasil, a quadrilha é parte das comemorações chamadas de festas juninas. Um animador vai pronunciando frases enquanto os demais participantes, geralmente em casais, se movimentam de acordo com as mesmas. Para alguns cientistas sociais, especialmente antropólogos, tal forma de entretenimento representa uma permanência do pensamento evolucionista muito em voga principalmente no século XIX, onde pessoas que residem em meios urbanos agem de forma estereotipada, zombando dos moradores de áreas rurais mesmo sem se darem conta.
A quadrilha foi introduzida no Brasil durante o período regencial e fez bastante sucesso nos salões brasileiros do século XIX, principalmente no Rio de Janeiro, sede da Corte.[2] Depois desceu as escadarias do palácio e caiu no gosto do povo, que modificou suas evoluções básicas e introduziu outras, alterando inclusive a música. A sanfona, o triângulo e a zabumba são os instrumentos musicais que em geral acompanham a quadrilha. Também são comuns a viola e o violão.

Tambêm existe outro tipo de quadrilha chamado de quadrilha de salão. Na quadrilha de salão há 12 tipos de destaques, viuvos, noivos, florista/floricultor, sinhozinhos, xodó, sinha-moça e sinho-moço, padre, rei, principes (geralmente 2 a 3 casais), marcador, puxador e narrador.Em algumas quadrilha a tambêm principe e princesa e rei ou rainha. Na quadrilha de salão a também um tema. A quadrilha escolhe qualquer tema,e pode haver o casal tema da quadrilha.Os integrantes da quadrilha dançam com um lenço em cada mão (qualquer cor) de aproximadamente 80 cm.A forma dos meninos dançarem é batendo o pé de forma rapida,e as meninas cruzando as pernas e movimentando os lenços.É comum na entrada da quadrilha jogar estalinhos.

Dança da corte

 

As Danças da Corte

Escrevi este artigo originalmente em 2007. Ele foi publicado como artigo no site da Academia de Ballet Cristiana Packer em 01 de novembro de 2007. Desde então, fiz algumas alterações no texto para corrigir pequenos acidentes de digitação.

German Dance

As danças da corte destacam-se pela pompa, luxo e exibição. Por exemplo, a valsa vienense, típica de competições de dança, chama atenção pela pose um tanto exagerada dos pares. Curiosamente, um estudo histórico sugere que este estilo aristocrático de dança surgiu, na verdade, de tradições populares da Alemanha. Veja como isto aconteceu.

Praticamente todo o conhecimento sobre danças populares da idade média se perdeu com o tempo. Os passos das danças e as técnicas eram transmitidos verbalmente de pessoa para pessoa. Os poucos testemunhos escritos que sobreviveram daquela época desprezam totalmente a cultura popular. Eles mencionam apenas nomes de danças típicas da corte e não entram em detalhes. Restaram para contar história algumas ilustrações, várias pinturas, algumas poucas estátuas e roupas do figurino.
Apesar da pouca informação remanescente, é certo que existiam, na Alemanha medieval, danças populares não religiosas. As pessoas dançavam normalmente em círculo (em torno dos músicos), ou de mãos dadas (algo semelhante com uma ciranda) ou fazendo passos ou saltos mais ou menos coreografados. Havia também as danças em fila (parecido com uma quadrilha). Homens e mulheres dançavam em momentos diferentes, nunca juntos. A dança masculina costumava ser mais rápida, mais elaborada e voltada para demonstração de habilidade e força. Frequentemente, os homens dançavam com utensílios típicos do dia-a-dia (por exemplo, espadas e enxadas). Quando não havia músicos, as próprias pessoas cantavam.
No início do renascimento, no século 16, surgiu uma nova profissão: os “mestres de dança”. Hoje, chamaríamos estas pessoas de “coreógrafos”. Eles estudavam e ensinavam os passos das danças típicas de sua região. Também produziram livros e muitas ilustrações. Diferente dos mestres de música, que utilizaram uma notação clara e comum para anotar a música em papel (a partitura), os mestres de dança não conseguiram chegar a um acordo. Assim, cada livro utilizou um vocabulario próprio e uma simbologia diferente, o que dificulta seu entendimento.
Um dos primeiros registros dos mestres é uma dança chamada “Allemande”, bastante comum nas cortes da França, da Espanha e da Inglaterra. Allemande é um nome francês e significa dança que veio “da Alemanha”. Isto sugere que a corte européia do século 16 imitou o estilo da dança popular alemã. Evidentemente, nenhum membro da corte estava disposto a se rebaixar para uma “dança popular”. Portanto, várias adaptações foram feitas para tornar a Allemande mais “nobre”, mas sem perder a diversão. Homens e mulheres passam a dançar em pares. Enxadas e espadas foram abolidas para dar lugar a roupas elegantes e perucas pomposas.
Allemande é uma dança formada por duas partes. Na primeira, os músicos tocavam melodia lenta de 4 tempos, enquanto os pares dançavam em círculo ou em fila e de forma coreografada (parecido com a dança popular alemã original). A segunda parte é uma valsa rápida, na qual os pares dançam de forma independente, improvisando figuras com os braços que poderiam ser bastante complicadas (eu ousaria dizer que as ilustrações desta parte da dança lembram o forró). Bach e Händel criaram várias músicas para este estilo de dança.
No século 18, os “Menuentos” conquistam espaço nas danças da corte. Mas a Allemande cai no gosto popular no sul da Alemanha e na Áustria. Sem as regras rígidas da corte, a Allemande sofre novamente várias alterações, tanto no estilo da música, como no da dança. Predomina a valsa da segunda parte, que passa a ser dançada por pares (casais) girando individualmente. Este novo estilo é então chamado de “Teutscher Tanz” (hoje é escrito como “Deutscher Tanz”), que em alemão (ou austríaco) significa nada menos que “dança alemã”. Hoje, nas capas de discos, utiliza-se o nome em inglês, ou seja “German Dance”.
Devido à proximidade casais durante a dança, postura considerada imoral e inadequada para os costumes da época, estados da Alemanha e da Áustria promulgaram entre 1760 e 1772 várias leis contra as danças “valsantes”, onde pudesse ocorrer o perigo de contato físico entre as pessoas de sexo oposto.
No entanto, estas proibições surgiram o efeito contrário do esperado pela parte conservadora da sociedade. No contexto da Revolução Francesa, a população e a burguesia escolheram a Dança Alemã como uma das formas de contrariar os ideais da nobreza e da igreja.
Os imperadores “esclarecidos” (aqueles que tentaram conciliar as exigências da burguesia, mas sem prejudicar os privilégios da nobreza e do clero), aceitaram novamente a Dança Alemã em festas da corte. Em 1790, Joseph II, imperador da Áustria, chega a contratar os melhores compositores e músicos para criar novas Danças Alemãs. Entre os compositores que se destacaram estão Haydn, Mozart e Beethoven. No mesmo período, Franz Peter Schubert também compõe várias valsas denominadas “Deutscher Tanz”, hoje conhecidas como “German Dance”.
No Congresso de Viena (1815), a “Dança Nacional Alemã” ganha aceitação internacional, tornando-se a principal dança social do século 19. Com advento de novos instrumentos e composições mais elaboradas, a Dança Alemã evolui, aos poucos, para a “Valsa Vienense”.

Bibliografia:

http://de.wikipedia.org/wiki/Deutscher_Tanz
http://de.wikipedia.org/wiki/Allemande
http://de.wikipedia.org/wiki/Historischer_Tanz
http://de.wikipedia.org/wiki/Franz_Schubert

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

MESTRE DE BAILE/DANÇARINOS

A riqueza da dança a dois está na sua diversidade. Conhecida como uma modalidade de dança que engloba vários ritmos, a Dança de Salão é uma actividade sem preconceitos, praticada por pessoas de ambos os sexos, de todas as idades, cor, raça e níveis sociais. Além de estar em constante desenvolvimento, pois a todo o momento surgem novos ritmos, passos e formas de se dançar, ela tem também o papel de representar a cultura de um país, por preservar suas características culturais populares, como ocorre com o tango da Argentina, o samba do Brasil e a salsa de Cuba. A Dança de Salão tem e sempre teve seus altos e baixos. Ela já sofreu proibições, preconceitos, já foi rotulada de “brega” ou “demodê”, no entanto soube romper com maestria as portas do século XXI, e não é exagero dizer que está a crescer a cada dia.


Devido à riqueza de ritmos, as danças de salão podem ser classificadas como latinas ou clássicas.




São danças de salão latinas:


Samba – Revela a sensualidade natural do povo brasileiro. O samba de salão alterna movimentos rápidos e ágeis com pausas em momentos estratégicos da música. A sensualidade do samba está na agilidade aliada à ginga.


Rumba – Movimentação de anca é uma marca. O apelo é muito mais para o sensual do que para o romântico. Aproximação e afastamento de desejo, como se houvesse um diálogo “agora quero-te, não sei se te quero mais”.


Jive – Nome oficial do rock and roll na dança desportiva, o jive tem clima de grande brincadeira.
Uma dança vigorosa que exige velocidade e agilidade nos seus vários giros e pulos. É um divertimento!


Cha-cha-chá – Há uma atmosfera de conquista, porém mais alegre, perde um pouco da sensualidade para ganhar na alegria. Os movimentos em geral são rápidos e precisos, sem perder o balanço latino, que é essencial.


Paso doble – A força da cultura espanhola, a virilidade do toureiro e o atrevimento da espanhola. No paso doble, a dama representa a capa do toureiro e muitos dos movimentos traduzem etapas da tourada. Há um clima de desafio entre os parceiros, ao mesmo tempo que se conquistam.



São danças de salão clássicas:


Tango – Uma dança muito forte e emocionante. É um exercício de precisão e equilíbrio, revelando uma imagem de muita sensualidade e beleza.
Os passos são firmes. As pernas devem estar sempre preparadas para os cortes e entrelaces. Poses!


Valsa Vienense – Esta dança  é conhecida pelos seus movimentos de rotação e elegância, que parecem simples, mas exigem grande controlo e equilíbrio do par.


Valsa Inglesa – É uma dança sentimental e romântica, caracterizada por movimentos suaves e circulares. A suavidade, fluidez e giros são característicos nesta dança. Esta valsa é uma variação mais lenta da valsa vienense.


Slowfox – É chamada de “Rolls Royce” dos estilos de dança pela sua suavidade. Os passos são na maioria de deslocamento para frente e para trás e com giros, que devem manter equilíbrio e coordenação. É considerada unanimemente pelos professores de danças de salão uma das danças mais difíceis.


Quickstep – Versão mais rápida do Slowfox, mais do que suavidade, é um género que transmite alegria – uma alegria romântica.
http://www.mitango.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=16&Itemid=33

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O que é o feriado de 15 de novembro?

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA


Proclamação da RepúblicaA república é uma forma de governo que tem como objetivo principal atender aos interesses dos cidadãos. Neste regime é o povo que elege seu governante, portanto é um regime mais democrático e é este regime que vigora no Brasil atualmente. Mas... Nem sempre foi assim, pois entre 1822 e 1889 era o regime monárquico que vigorava em nosso país e ao longo desse período teve dois imperadores: D. Pedro I e D. Pedro II. Por ser um tipo de regime que não leva em consideração às necessidades do povo, ao longo de todos esses anos o regime monárquico ficou desgastado e a necessidade de mudanças cada vez mais evidente.
Houve várias tentativas de mudança: a primeira delas ocorreu em 1789, em Vila Rica, Minas Gerais, onde vivia Tiradentes e outros revolucionários, tentaram modificar a realidade, principalmente por não concordarem com os altos impostos cobrados pelo rei. Esse movimento ficou conhecido com a Inconfidência Mineira e não acabou nada bem, pois Tiradentes acabou sendo preso e enforcado, acabando temporariamente com as manifestações. Depois, em 1824, outro grupo revolucionário, agora de Pernambuco, tentou ir contra o imperador, constituindo a Confederação do Equador, ação que durou apenas 4 meses e também resultou na prisão e morte de muitos dos envolvidos.
Ainda em 1836, lideres do Rio Grande do Sul entram em guerra contra o Imperador organizando a Revolução Farroupilha, grupo que também foi derrotado e a monarquia continua imperando no país.
Com todas essas derrotas e como a insatisfação estava evidente em todas as classes sociais, houve acontecimentos determinantes para que a proclamação da república realmente acontecesse: os fazendeiros ficaram descontentes com a abolição da escravatura e exigiam que o imperador os indenizasse, produtores de café do interior paulista eram favoráveis às ações liberais e mão de obra livre. Cada vez mais isolado, o imperador recebeu o golpe final porque aos poucos, os militares também foram se revoltando contra o império.
Assim, a Proclamação da República foi um evento que contou com a participação de muitas pessoas, entre elas as que participaram das campanhas abolicionistas, os fazendeiros e o exército. Quem começou de fato a conspirar para a derrubada da monarquia foi Benjamim Constant. Porém, quem proclamou a República e pôs fim ao império foi o Marechal Deodoro da Fonseca, figura de maior prestígio no exército. Convencido por Benjamim Constant, o Marechal Deodoro concordou com tal ato no dia 11 de novembro. Foi difícil convencê-lo, pois o Marechal era amigo de Dom Pedro II.
Na manhã de 15 de novembro de 1889, Deodoro, à frente de um batalhão, marchou para o Ministério da Guerra, e declarou o fim do período imperial, e o início do período republicano. Dom Pedro II, o imperador da época, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio. Ele pensava que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o Ministério. No dia seguinte, foi-lhe entregue um comunicado confirmando a proclamação e solicitando sua partida para o exterior. Entre 1889 e 1930 o governo foi uma democracia constitucional e a presidência alternava entre os estados dominantes da época: São Paulo e Minas Gerais.

Curiosidades
Antes de viajar para Portugal, no dia 17 de novembro, Pedro II escreveu uma mensagem para o povo brasileiro: "Cedendo ao império das circunstâncias, resolvo partir com toda a minha família para a Europa amanhã, deixando esta pátria de nós estremecida, à qual me esforcei por dar constantes testemunhos de entranhado amor e dedicação durante quase meio século, em que desempenhei o cargo de chefe de Estado. Ausentando-me, eu com todas as pessoas de minha família, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo votos por sua grandeza e prosperidade."fonte: Guia dos Curiosos - http://smartkids.com.br/especiais/proclamacao-da-republica.html  
Seja um pálio de luz desdobrado,
Sob a larga amplidão destes céus.
Este canto rebel, que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperanças de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar !
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz


Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou neste audaz pavilhão!
Mensageiro de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder,
Mas da guerra, nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,

Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Periscópio

Vivenciando a criação de um Periscópio
Os alunos dos 4ºs Anos A e B seguiram um texto instrucional para criar seu próprio periscópio. Mas afinal, o que é isso?
O primeiro periscópio foi inventado em 1902 pelo cientista Simon Lake, tendo sido aperfeiçoado por Sir Howard Grubb (1844 - 1931) que construiu e desenvolveu, a uma escala industrial, periscópios e telescópios, fundando uma das empresas mais importantes neste sector.

Durante a Primeira Guerra Mundial foi a fábrica de Sir Howard Grubb que forneceu a grande maioria dos periscópios procurados para serem usados como instrumento de guerra.

O periscópio utiliza-se para a observação de objectos a partir de trincheiras, carros de combate e, de um modo geral, a partir de locais protegidos. Usa-se também nos submarinos em imersão, para se poder observar a partir da superfície da água. O periscópio naval tem incluído um telescópio. Nos submarinos actuais existem vários tipos de periscópio, de pesquisa e de ataque, em que é possível variar as ampliações da imagem.

Um modelo mais avançado usa prismas de reflexão total em vez de espelhos planos.

Os conceitos da Física em aplicação



O Periscópio Básico consiste num tubo com dois espelhos planos, colocados um em cada extremidade do tubo, virados um para o outro, paralelos e num ângulo de 45°.

Os raios luminosos atingem o espelho da extremidade superior que os reflecte para o espelho da extremidade inferior. Este, por sua vez, reflecte-os para o orifício/visor (fig. 1).


Figura 1 - Periscópio
http://cienciadivertida.comze.com/index.php?p=2_38 

  Mas como ficaram os periscópios que os baixinhos fizeram?

As imagens a seguir, foram tiradas pela janela inferior do periscópio, veja que interessante:

Mas de quem são esses olhos azuis? 

Quem são esses curiosos?

Parabéns pelo aprendizado!!!!!! O próximo passo é a escrita do relato de experiência. Escolheremos um relato de experiência de cada  classe para postar no blog. Caprichem!!!
profªs Ana Rosa e Elaine

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

MESTRE DE BAILE/DANÇARINOS

DANÇAS DE SALÃO
A Dança de Salão, um exemplo de Dança Popular e também conhecida como Dança ocial ou de Sociedade, é a dança praticada nos bailes e reuniões sociais que tem o objectivo de socializar e divertir. Quanto à sua nomenclatura, o termo de salão é devido à necessidade de salas grandes, os salões, para que se possam realizar as evoluções das danças. As primeiras Danças de Salão surgiram na Europa durante o Renascimento, nesta época a dança apresentava também um significado filosófico, pois muitas pessoas acreditavam que a harmonia de movimentos de dança refletia a harmonia na natureza e no universo. Foi ainda neste período que ela se definiu em duas linhas, as Danças Teatrais e as Danças Sociais. As primeiras são as danças de apresentação, de espectáculo e/ou de entretenimento, compreendendo actualmente, entre outras, o ballet, a dança contemporânea, as folclóricas e o sapateado. Já as Danças Sociais ou Populares são aquelas em que os praticantes dançam para seu próprio prazer, são as danças dos bailes, festas e reuniões sociais. No século XV, as danças realizadas pelas classes baixas nas suas festas e comemorações chegaram aos salões da nobreza por meio dos dançarinos e/ou mestres-de-baile. Estes eram contratados pelos nobres para que lhes ensinassem as Danças Sociais que, ao chegarem aos salões da corte, ganharam refinamento e status, tanto que além de serem executadas nos grandes bailes, passaram a fazer parte da educação da nobreza.
Inicialmente, as Danças de Salão não eram realizadas a dois, como conhecemos hoje, mas sim em grupos formando filas de pares de dançarinos. A pavana, a gavota e o minueto são exemplos dessas primeiras Danças Sociais, sendo este último o de maior sucesso, tanto na França, o seu país de origem, como em outros países da Europa e América. O estilo responsável por colocar damas e cavalheiros a dançar juntos, é a valsa, proveniente da Áustria e Alemanha que chegou a Paris no final do século XVIII e que seria a “febre” dos salões no século seguinte. Outro ritmo de sucesso no século XIX é a polca que surgiu na Boémia em 1830 como dança rústica transformou-se em Dança de Salão sete anos depois quando chegou a Praga. O apogeu da valsa e da polca, o surgimento de novas danças e a popularização das mesmas durante o século XIX fizeram dessa época um importante período de desenvolvimento para as Danças Sociais. Uma nova era para a Dança de Salão iniciou-se juntamente com o século XX. Os ritmos locais do continente americano influenciaram a forma de dançar e o surgimento de novas danças. O jazz norte-americano adaptou-se ao cakewalk – uma forma afro-americana de música e dança – e os movimentos de giros da valsa e da polca foram trocados por movimentos de deslocamentos para frente e para trás, característicos actualmente de danças como o bolero e o chachachá.
Em meados dos anos 20, foram criadas as primeiras competições de Dança de Salão e, por essa razão, houve a necessidade de padronizar passos, figuras e critérios de avaliação, o que foi feito pelos ingleses, que percorreram vários países e codificaram a forma de dançar e a melhor maneira de ensinar cada ritmo. A partir daí, surge o Ballroom Dancing ou Dança Desportiva, uma forma competitiva da Dança de Salão que actualmente está muito em voga na Europa e Estados Unidos e prestes a tornar-se uma modalidade olímpica. Entre os anos 1930 e 1950, danças latinas como o mambo e a rumba, originárias da habanera cubana, popularizaram-se no mundo inteiro. É também nesse período, mais precisamente na década de 1940 que, o tango argentino se definiu como dança de salão. Nos anos 50 explodiu nos Estados Unidos o rock-and-roll, uma dança diferente das que eram praticadas até o momento, pois apesar de ainda ser dançada a dois, os pares não dançavam abraçados, mas sim separados, de uma forma mais solta. O surgimento dessa nova forma de se dançar é mostrado no filme “No Balanço das Horas” (Rock Around the Clock). A dança do rock conquistou os jovens das décadas de 50 e 60 e actualmente é conhecida como Dança de Salão pelos nomes de swing e/ou twist.
Com o aparecimento das discotecas na década de 70, as Danças de Salão dispensaram a padronização de passos para facilitar a interacção com o parceiro. Neste período, assim como nas duas décadas anteriores, alguns estilos perderam popularidade, o que gerou à Dança de Salão um certo declínio, que só não foi maior porque filmes da época, como ‘Saturday Night Fever’ estimulavam os jovens do mundo todo a continuar a dançar a dois nas pistas das discotecas.










































A riqueza da dança a dois está na sua diversidade. Conhecida como uma modalidade de dança que engloba vários ritmos, a Dança de Salão é uma actividade sem preconceitos, praticada por pessoas de ambos os sexos, de todas as idades, cor, raça e níveis sociais. Além de estar em constante desenvolvimento, pois a todo o momento surgem novos ritmos, passos e formas de se dançar, ela tem também o papel de representar a cultura de um país, por preservar suas características culturais populares, como ocorre com o tango da Argentina, o samba do Brasil e a salsa de Cuba. A Dança de Salão tem e sempre teve seus altos e baixos. Ela já sofreu proibições, preconceitos, já foi rotulada de “brega” ou “demodê”, no entanto soube romper com maestria as portas do século XXI, e não é exagero dizer que está a crescer a cada dia.

Devido à riqueza de ritmos, as danças de salão podem ser classificadas como latinas ou clássicas.


São danças de salão latinas:

Samba – Revela a sensualidade natural do povo brasileiro. O samba de salão alterna movimentos rápidos e ágeis com pausas em momentos estratégicos da música. A sensualidade do samba está na agilidade aliada à ginga.

Rumba – Movimentação de anca é uma marca. O apelo é muito mais para o sensual do que para o romântico. Aproximação e afastamento de desejo, como se houvesse um diálogo “agora quero-te, não sei se te quero mais”.

Jive – Nome oficial do rock and roll na dança desportiva, o jive tem clima de grande brincadeira.
Uma dança vigorosa que exige velocidade e agilidade nos seus vários giros e pulos. É um divertimento!

Cha-cha-chá – Há uma atmosfera de conquista, porém mais alegre, perde um pouco da sensualidade para ganhar na alegria. Os movimentos em geral são rápidos e precisos, sem perder o balanço latino, que é essencial.

Paso doble – A força da cultura espanhola, a virilidade do toureiro e o atrevimento da espanhola. No paso doble, a dama representa a capa do toureiro e muitos dos movimentos traduzem etapas da tourada. Há um clima de desafio entre os parceiros, ao mesmo tempo que se conquistam.



São danças de salão clássicas:

Tango – Uma dança muito forte e emocionante. É um exercício de precisão e equilíbrio, revelando uma imagem de muita sensualidade e beleza.
Os passos são firmes. As pernas devem estar sempre preparadas para os cortes e entrelaces. Poses!

Valsa Vienense – Esta dança  é conhecida pelos seus movimentos de rotação e elegância, que parecem simples, mas exigem grande controlo e equilíbrio do par.

Valsa Inglesa – É uma dança sentimental e romântica, caracterizada por movimentos suaves e circulares. A suavidade, fluidez e giros são característicos nesta dança. Esta valsa é uma variação mais lenta da valsa vienense.

Slowfox – É chamada de “Rolls Royce” dos estilos de dança pela sua suavidade. Os passos são na maioria de deslocamento para frente e para trás e com giros, que devem manter equilíbrio e coordenação. É considerada unanimemente pelos professores de danças de salão uma das danças mais difíceis.

Quickstep – Versão mais rápida do Slowfox, mais do que suavidade, é um género que transmite alegria – uma alegria romântica.
dancasdesalao